Um “navio fantasma” gigantesco foi descoberto à deriva nos mares de Myanmar por pescadores locais na Segunda-feira, 27 de Agosto.
O enorme porta-contentores estava originalmente situado perto da montanha do Rio Sittoung, que fica a apenas sete milhas náuticas da Aldeia Thamaseitta, Thoang Township, na região Yangon.
O navio fantasma terá eventualmente encalhado numa praia das proximidades… mas foi encontrado completamente vazio.
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O misterioso aparecimento do navio fantasma incitou as autoridades a iniciar investigações sobre os seus anteriores paradeiros.
Depois de Marinha de Myanmar ter embarcado no navio desconhecido foi descoberto o nome registado do mesmo como Sam Ratulangi PB 1600.
De acordo com o Marine Traffic, o enorme navio fantasma foi construído em 2001 e esteve de serviço por cerca de oito anos, antes de desaparecer de forma estranha em 2009, quando saiu do radar algures perto da costa de Taiwan.
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Medindo mais de 177 metros de comprimento, é muito navio para simplesmente desaparecer.
Uma vez a bordo, o navio foi encontrado desprovido de quaisquer sinais de vida ou trabalho.
Embora os “navios fantasma” não sejam considerados ocorrências raras, geralmente obtêm este título porque normalmente transportam cadáveres a bordo ou pelo menos pessoas muito perto da morte.
No gigante e ferrugento Ratulangi, no entanto, tudo desde o motor ao próprio óleo pareciam negligenciados há algum tempo.
Até a cozinha e sala de jantar estavam intocadas.
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Com mais investigação, a Marinha descobriu que uma pequena equipa num rebocador, de nome Independence, tinha tentado rebocar o cargueiro desativado até uma fábrica de desmantelamento de navios no Bangladesh para salvar o material.
De acordo com o Global News, embora controverso em termos ambientais e saúde dos empregados, salvar material dispendioso de navios é uma prática comum e lucrativa.
“Mais de 80 por cento dos navios comerciais obsoletos são desmantelados em praias do Bangladesh, Paquistão e Índia, embora o processo tenha sido criticado por prejudicar o ambiente e colocar os trabalhadores em risco. Os navios grandes podem render centenas de milhares de dólares em sucata.”
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A bordo do navio fantasma, os investigadores notaram que dois cabos foram anexados à frente do navio e se tinham partido, levando a acreditar que navio havia sido rebocado.
Depois de descobrir os cabos partidos, a Tatmadaw (a Marinha) efetuou uma busca de radar por barcos “suspeitos” entre os rios Yangon e Sittaung.
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As investigações concluíram que, na verdade, dois barcos que encaixam na descrição a derivar na água entre 26 e 27 de agosto nos mares de Myanmar.
Depois de alcançar o Independence, cerca de cinquenta milhas da costa de Myanmar quando se afastavam do país, a Marinha apreendeu o reboque para questionar os 13 membros da tripulação sobre o navio fantasma abandonado.
De acordo com o outlet noticioso Eleven Myanmar, uma declaração efetuada pelo Comandante-Chefe dos Serviços de Defesa, Min Aung Hlaing, as circunstâncias em volta do recente abandono do navio fantasma tornou-se mais claro depois de ter falado com os membros da tripulação do Independence.
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A declaração dizia que a tripulação admitiu que a 13 de agosto amarraram o navio fantasma ao Independence com os dois cabos encontrados na frente do navio abandonado.
Dirigiam-se, de facto, a Bangladesh para desmantelar o enorme navio, mas ao aproximarem-se à foz do Rio Yangon a sul em 26 de agosto, o mau tempo impediu-os de viajar em segurança nas águas com o navio a reboque, explicando a causa de o terem largado e abandonado.
Embora o Independence tenha sido descoberto como propriedade de um Malaio, o Ratalangi está registado no Palau.
As investigações sobre a origem da descoberta do navio e onde se perdeu em 2009 estão ainda a decorrer.